terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Meu eu por mim mesmo.

Eu tenho 16, por sinal adoro o número 6 é pra mim o número da minha vida. Tenho uma família estável em conceitos normais, minha infância só foi meio molhada demais. Certamente eu não vou falar sobre o meu passado, sendo que aqui pretendo manter os fatos do presente em ordem e assim pensar melhor sobre cada um. Eu tenho pais divorciados, e no momento minhas opções andam "divorciadas". Tenho quatro pessoas que não sejam familiares que ocupam boa parte do tempo. Sendo que duas moram em certa distância e as vezes somem, o que me deixa frenética atrás de opções que não me façam criar certa raiva do sumiço e por assim delas. Sem estes ando como uma alejada sem cadeiras de rodas, ou seja, não ando, fico parada olhando os outros andarem. Eu permaneço correndo no momento, correndo contra o meu passado, e sinceramente fazer tudo isso sem saber o que quero me deixa confusa, pense comigo, se eu não sei o que quero e apenas o não quero, escolho algo pensando "é isso!" e depois deixo ir vendo que era algo a mais pra se descartar, porém eu tenho medo de descartar algo que não quero de cara e que um dia possa ser algo que queira. Então mantenho a pose de mulher, a face de nada me machuca mesmo quando eu mal consigo respirar de tanta agonia. Eis ainda choro antes de dormir pelo mesmos motivos que há dois anos, pois assim não é necessário admitir que choro por motivos muito parecidos com os velhos e tem uma gota de súplica com o gosto mais ardente que os anteriores. Vou rir sozinha daqui a pouco, dizer que tudo isso é desnecessário que eu não preciso de nada. Ora, que eu amo ter o controle de tudo, dizer quando algo começa e quando termina. Mas não gosto que gostem de mim, pois me sinto forçada a gostar do mesmo, e se ignoram a minha presença me sinto na obrigação de te fazer gostar dela, e já se preferes ser indiferente, tendo a fingir que não sei teu nome e muito menos teu telefone de contato. Quando te vejo chegar consigo até me espantar, depois dou risada, aquilo foi só uma visão, pouco tempo se passou,  é obvio que é lembrança ainda é fresca pra ti... e pra mim ainda é tão presente, e sem valor, porém eu sempre me lembro de tudo. Tudo me é importante, até sobre os desimportantes, porque eu quero ser importante, dá pra se compreender essa idéia? Então eu procuro em cada um tico do que acho querer e logo perco a paixão, ah que toda essa coisa me parece sem sentido. Me mantenho amiga, próxima e nunca algo além. Eu sei que me complico, mas é tão obvio pra mim. Chegar, começar, colocar um desfeixo, e pronto, fim. Não é procurar sentimento, valores, ou fidelidade, só algo mais fixo e sem nada além. Não quero um namorico no orkut, ou um amor por internet. Só adoro sentir as coisas fluirem, mas eu as proíbo de fluir porque imponho limites em cada ato meu que até chego assustar os outros, mesmo os desconhecidos, quando me aproximo. Eu sou fácil quando não se tem medo, não vou guardar rancor se não souber meu nome, a mágoa vai ser minha e nem sequer vou querer que saiba dela, e eu chamo isso de ser discreta. Normalmente eu tento ser, perco o controlo algumas vezes, bancando a mocinha frágil só pra alguém querer cuidar de mim, porque no final sou carente e não gosto de demonstrar, já que essa coisa sou eu e não uma personagem barata. Adoraria me descrever como um labirinto, é tão fácil de se perder e no meio não tem saída, então se me permite dizer quando você se permitir entrar na minha vida, eu não vou lhe permitir a saída até que me canse de você o suficiente pra lhe mostrar o caminho pessoalmente.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Horário Marcado

Pude ouvir os passos vindos do corredor, engoli em seco a saliva o que desceu queimando na minha garganta seca. Segurei o revólver com mais força na posição, juro que não pretendia tremer. Ela entrou sorrindo, escondi a arma entre as pernas, fiz sinal para que esta sentasse enquanto lhe sorria de volta. O som do salto alto batendo no chão sempre foi uma paixão, era o som da minha mãe chegando em casa na minha breve infância. Disse-me que seu nome era Kátia, mas em cinco minutos eu já tinha esquecido seu nome, esquecido sua cara, atirado em seu peito, escutado seu grito, chamado a empregada e lhe dizendo para limpar o chão, não queria uma mancha do seu sangue sujo no meu tapete, eu só não me esqueci daqueles sapatos, altos e de couro, eu odeio couro.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Desde o cheiro, até o jeito de andar.


Quero o cheiro que me tira o sono, imploro pelo sabor que afoga, grito pelo toque, e almejo um suspiro na nuca,  um beijo meia-lua, meu braços envoltos no seu pescoço, minha perna na sua, meu rosto no seu. Lembraças que levo do som do andar, do estalo do lábios, do sussurro no ouvido, bem baixo, só pra mim. Eu te pego pra mim, te guardo no peito, te desvalorizo, te sujo enquanto me limpo. No teu balanço, eu danço, e por ventura, descanço. E no final, de sonho eu vivo, do toque destes, das peles brancas que me tiram a lúcidez, das bocas mácias e rosadas, a pele quente contra a minha frieza, derretendo meu gelo com palavras cálidas (e que resoam ao meu ouvido) que me fazem tremer. Então eu te deixo, com um aperto de mão, com um abraço de um braço só, com um beijo sem boca... Tua imagem tremida e minha imagem para ti, perdida.
Ass:
Eu, monocromática no seu mundinho colorido.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tango

"Ler da tua boca as palavras com a atenção do surdo, falar com os olhos e as mãos como fazem os mudos"
Normalmente faria tragédia, mas foda-se, isso me trouxe cansaço. Acordei diferente nesta manhã em que o sol enchia o quarto, e entrava pela janela do banheiro invadindo a sala. Dentre todas as formas de expressão, escolhi palavras sujas e pretendo usá-las. Não importa quanta vezes você limpe o salão o mundo volta a sujá-lo. Pois a sujeira é eterna. Então largue a vasoura, e quem sabe um pouco da roupa. Já lhe disseram o que é necessário pra se viver?
Nas bagatelas que ouço, distorço e engulo, toda essa merda afinal precisa ir pra algum lugar. Eu guardo a visão distorcida daquilo que deixo no passado, não pretendo distorcer o cheiro, o gosto, a textura... Pele contra pele. Mantenho tudo isso, imaginas o por quê? Pode levar como exageiro, paixão, ou quem sabe amor. Mas pra mim nada disso importa, o que importa é sentir (Seja quente, frio ou morno). Quem disse que fogo é ruim? A chuva vem logo após. Molha-te o corpo, marcando a forma ainda mais. Eu respiro amor, e nem sequer preciso amar. Eu só preciso querer um pouco além.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Eu vejo a dor

"Será que eles não entendem que a dor no fundo esconde uma pontinha de prazer"
Faz frio lá fora, neva aqui dentro. Dor prazeirosa vem adocicada em sua forma, desce pela garganta queimando com fervor. Meu desejo não passa, e o vício não volta. A droga deixada, a cura implorada, as frases abstradas que saem da voz fraca. Sempre pensei em como seria, não omito, mas assim supera as espectativas. Veja o roxo, o verde, a cor do pobre, eu sou podre. Suja, fúnebre, medíocre. Sou um verme, e me considerava mulher. Diz que sou fria, que te faço mal, que mancho tua roupa, tua boca. Infectado, quarentena, teu corpo é meu, sou tua doença. E com todo sentido da frase, pretendo te matar, sugar tua vida, deixar-lhe de herança a dor que me afundei, meu amor. Diz que vem, vou contigo do purgatório ao inferno, já que ambos merecemos isso. Ordeno, escutás meu coração, o som que devia ser teu e que agora bate por ter de bater. Tic, tac.
Sou fria, és frio. Por isso neva, chove, faz frio, trememos... E assim vivemos. Vivo sem você, vive sem mim. Mal necessário te querer sem conseguir te amar mais. As outras tomarão meu lugar, como outros tomarão o teu. Tenho pena, porém não tenho piedade de mim mesma... Jamais.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tormenta

Os tempos mudaram, abram suas mentes, senhores.
Apreciem o novo show, devo dizer que as coisas mudaram, que as dores são outras, que as respostas nem sequer existem mais. Atenue sua dor, o sabor. Sinta o desejo nas veias, o sangue na boca. E com certeza a loucura te subindo a cabeça.
Tirou-me do sério, levou-me as alturas. Completou as bordas, e jogou-me fora. Eu não sinto dor, mostro com destreza a força que em mim está presa. Tornou-me louca pois estou neste abismo onde não posso te encontrar, onde os corpos não emitem calor e o frio chega rápidamente a sua posição natural, deixando-me estatelada no chão.
Eu não faço mais sentido e minha vida é um circo, muito obrigada.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Agridoce

Mutilação, tortura, paixão e medo.
Nessas quatro palavras eu agora me encontro. Sinto falta dela, mais do que deixo demonstrar, eu a amo, ora e como. Nosso tempo escasso, nosso sentimento fragilizado, eu me sinto mutilada e vazia, o segundo é simplesmente por medo de te perder, doce menina. Enquanto meu corpo treme e temo não conseguir retornar a calmaria naturalmente, penso em como será caso eu a perca mais um pouco, cada segundo sem saber como ela está me machuca, é tortura. Pequena e amada, menina minha, perdoe-me, não quero perde-la, sem você nada faz sentido, por favor, não me deixes. Quero gritar até sangrar, quero correr até não conseguir respirar. Temo por ti e por seus dias, por suas lágrimas que podem cair e que não vou poder segurar, é a minha metade, é meu complemento.
Por outro lado eu temo magoá-lo, ele não merece se machucar e meus sentimentos nunca valeriam o sofrimento dele. Quando estou com ele quero correr, e quando estou sem ele quero juntar os pedaços que me faltam, é completar-se e perde-se ao mesmo tempo, é paixão, é medo. Sentir o cheiro que se mantem na minha roupa, fugir dos seus beijos quando está presente. Querer chorar enquanto demonstra um sentimento, querer gritar para que fique e para que vá. PARE! Eu estou ficando louca, inteiramente incompleta, incompletamente inteira. Quebrada e remontada, dor e cura.
Enquanto minha vida se desmonta, e eu fico tentando desesperadamente remonta-la, vocês, eles, nos, destruímos tudo novamente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ponto de partida

O tempo que agora passa de forma inconstante, levando-me silenciar até mesmo minha dor constante.
O pouco tempo que se passou tornou as mudanças ainda mais perceptíveis, algumas dolorosas, outras almejadas. Sinto-me vazia por demasiado, e cheia por completo. É como flutuar com um lado do corpo e com outro, arrastar-se. É como se a saudade fosse para mim o ardil da dor, uma dor com motivo e não como essas outras que me tocam sem motivo, chocam-me sem razão.
Minha gargante seca, as mãos frias, o suor gelado em meu pescoço, em resumo: Desespero. Este que sempre me atinge nessas horas, horas vazias que estão presentes em todos os meus dias, a mente vazia que vaga por pensamentos dolorosos e desgastados. Passo o tempo a remoer a vida que nem mais parece minha, e quando olho a vida que agora é minha, desejo ser cega para nunca mais vê-la... É claro demais, e eu nunca gostei da luz.

domingo, 2 de agosto de 2009

Relato

Um mês, planos feitos e no final... Desfeitos.
Tudo deveria ter sido diferente, tudo devia ter estado dentro do meu controle. Onde errei? Ainda não sei. Sei que superei, e depois deixei de ter superado a perda dele. Eu não havia chorado pela sua perda aparentemente definitiva, forcei-me a pensar que o estava perdendo de vez (pensei que assim o sofrimento chegaria), e sem uma gota fugida dos meus olhos, prossegui. Vendo desta forma parecia que devia continuar com a minha vida, e assim o fiz. Conheci um menino ranzinza, e grosso, agradavel do jeito que escolheria como pretendente, seguiu-se uma aproximação fraca de ambas as partes, com regras feitas e ditadas indiretamente, não havia carinho ou compaixão, era só interesse... Pelo menos dá minha parte foi assim. E quando aconteceu foi horrível, a tensão me fazendo transpirar e as palavras plenamente presas em minha garganta seca, eu não o queria mais e também não desejava que este ato fosse visto de fora entregasse que o usei. Nos dias que seguiram eu não deixava a tensão por sequer um minuto, tentava me distrair, sorrir, porém sentia traindo a mim mesma. Foi então que ele me veio em mente, com seu jeito adorável, diferente de todos estes que pareciam me perseguir... Eu não o temia, confiava nele, mesmo sabendo que não devia. As lágrimas, as primeiras sinceras, rolaram pelo meu rosto, sendo sugadas pelo meu travesseiro. É provável que finalmente tenha terminado... A esperança, porém o desejo ainda me enche, à vontade de correr para ele e simplesmente observá-lo é enorme. Não faria isso por mais ninguém, creio eu. E quanto mais leio romances baratos e clichês, ele retorna em pensamento. Era leve com ele, e nesta forma de relação, ponho isto como necessidade. Com os outros sempre foi pesado, cansativo, sem graça. Então, era somente ele pra mim? Por enquanto sim. Forço-me a pensar que o amei somente como amigo, pois ele me fora o melhor de todos, amarei este sempre desta forma... É eterno. Ele era meu plano, agora desfeito e molhado pelas lágrimas que escorrem, porém puro e ao mesmo tempo mórbido, da minha parte.

domingo, 19 de julho de 2009

Solidão

Há um tempo atrás eu acharia tudo isso maravilhoso, a glória invejada da falta de sentimento. Eu sinto dor, muita dor e gostaria de pará-la, jogá-la fora. Ser ainda mais vazia, em palavras diretas.
Como pude ser tão boba a ponto de pensar que fazia o correto, permitir que minha mente o desejasse, ele nunca esteve aqui. Não precisa ser amor para haver sofrimento, e não precisa haver sofrimento quando não existe sentimento. Então, permita-me não sentir, não sorrir, não amar.
Peço desculpas todas as noites a mim mesma, eu perdi. Ele se foi, e não sofri com a perda. Isso me deixa em desespero, é inegavelmente estranho deixá-lo ir sem pranto, sem dor. Mas de algo sei, sei que quando vier de retorno, o receberei com carinho, admiração, com amizade. Eu o amei, e sempre amarei, não importa quantos erros este cometa, quantas vezes me deixe, guardo o que me fez bem. Não precisa haver desejo, este amor que tenho é diferente. E pela primeira vez entendi que amar é perdoar, acima de tudo. Não precisa amar sempre da mesma forma, só é preciso amar. Dizem que uma vida sem amor não é nada, temo concordar. Amo alguns e sou indiferente à maioria. E não, não sou má, só sou realista, provavelmente mesquinha. Mas sofro por quem amo, pois o sofrimento destes me machucam ainda mais. Em minha mente amar é isso, e amarei, inconscientemente, todos os meus amigos, familiares e quem sabe algum dia, voltarei a ter um amor, daqueles que todos invejam a felicidade ou a forma de resolver as brigas, um amor que um dia se tornará amizade, companheirismo, e não será mais paixão, porém eternamente... Amor.

sábado, 20 de junho de 2009

Amor

O silêncio ocupava o quarto, éramos apenas nos dois. Eu queria abraçá-lo e nunca mais deixá-lo, tinha a certeza que na perda deste nada mais faria sentido. Ele me observava com olhadelas rápidas e discretas, mas eu podia sentir seus olhos queimando em meu pescoço, podia sentir também as minhas pequenas bochechas corando. O quarto parecia ficar a cada segundo mais quente, eu acreditava que logo me faltaria ar. Apertei minhas mãos, uma contra a outra, quando uma mão gelada pousou lentamente sobre elas. Eu tremi. Ele retirou a mão que se encontrava sobre as minhas e a recolocou em meu pescoço. Frio na espinha. Ele puxou meu rosto contra seu peito e passou os braços em volta do meu corpo, ternamente. Eu podia sentir seu perfume leve, assim como também podia sentir minha pele queimar ao seu toque. O calor passava rapidamente, fora trocado por outra sensação, esta nova sensação era adorável, e já mal sabia viver sem ela. Pressionei levemente meus lábios em sua pele, ele me apertou mais forte. Minutos, dias ou horas se passaram, eu não notei, não me importei. Depois disso nada mais parecia me satisfazer, nada era bom o suficiente. É certo que não deixei de amá-lo e nem ele deixou de sentir afeição por mim, porém amor é uma mudança constante, nos mudamos, então nosso amor mudou. Seu abraço não tem mais o mesmo segredo ou me surpreende. A falta de toque certas vezes me satisfaz, trazendo na memória esta simples lembrança e da forma que me senti viva, quente nela. Deixo claro também que nunca deixei de me sentir viva, pois desde então o fogo continua queimando a minha pele. Mesmo que ele não me toque mais, ainda sim é ele que importa, é ele o personagem principal da minha própria história.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Morto-vivo

Vá, se quiser. Certamente eu não tentaria lhe parar. E não, não é por falta de sentimento, estes fazem meu coração inflar com o mais simples olhar. Meus passos, eu tento mantê-los silenciosos, não quero que tu me vejas chegar, não quero ver seus olhos inundados novamente. Suas lágrimas leves e pequenas se transformam em meu sangue. E quanto mais tu choras, certamente encontro com a morte. Pois o teu sofrer, é o meu sofrer. Tomei tuas dores, teus amores, teu choro, são meus. Tua voz quando chama meu nome, me faz tremer, temer o teu sofrimento, a tuas lágrimas do meu sangue. Eu não penso em ti, ou no quanto lhe machuco, penso em mim e no quando me machuco. Antes eu me encontrava em teu lugar, e eu chorava o teu sangue, talvez seja por isso que lhe entendo tão bem e que teu sofrimento torna-se meu. É muita destreza de minha parte manter-te a meu lado, incondicionalmente? Veja bem, torno-me um simples cadáver para somente estar teu lado, para secar tuas lindas lágrimas. Imploro que esquente meu corpo esta noite, ela será mais fria do que imaginas, e eu preciso do teu corpo junto ao meu pela última vez.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Descontente

Quando você me olhou nos olhos, eu enamorada, caí a teus pés. A paixão cegou meus olhos, tapou meus ouvidos, tornou-me seu brinquedo, sua diversão. Caso tu, meu amor, me amaste de volta? Sorrias tu com sinceridade?
Quero ver teus olhos, tire as mãos do rosto. Beije-me ternamente, faça meus lábios queimarem com o seu calor. Porém deixe de mentiras, palavras descabidas. Já vivo desolada, não preciso de tal ajuda.
Eu sinto falta do seu beijo de ganância, do grito de desespero. Desespero amado de perder-te, que somente eu sinto, já que nunca ocorre o risco de perder-me.
Arrancou-me a ternura, a paixão, o sentimento. Torna-me oca, porém me ame. Não, não é isto o que quero. Quero ter de volta minha vida, minhas lágrimas. Livrai-me desta inércia!
Ora que sem você não sou nada e com você menos ainda. Temo escolher dentro o ruim, algo ainda pior, e este seria o que? Amar-te ou largar-te? Amo-te mais do posso sentir, tens tu, minha alma. Não lhe dei, roubaste, junto com meu coração e rim.
E que vida tenho sem tu? Já é meu tudo, meu nada, minha dor ou desgraça.
Não deixe minhas lágrimas caírem, tenha-me neste teu peito oco. Lembre-se de mim à noite, ligue-me e diga que me ama. Pois eu te amo, ora, e tanto. Vejo-me a teu lado, sempre a teu lado, entre teus braços, com a testa nos teus lábios. Sou tua, venhas pegar, desde que seja gentil. Sou tua, mas posso mudar de idéia, já que este sempre fiz. Deixe-me louca, pouco importa, porém não me deixes neste abismo onde não posso te tocar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Insustentável

Nas verdades que saíam de sua boca, das mentiras que teus olhos me contavam. Eu não pensava, tu que pensava por mim. Era vós, o meu certo e o meu errado, o pecado e o meu perdão. Perguntava-te com o silêncio do som, sorria-lhe com os olhos e não com a boca. Permanecia acordada nas noites e nos dias, vendo se o teu sono era calmo, tranqüilo. Eis que vivia por ti, e nunca por mim. Meu coração batia no ritmo fraco do seu, e os meus passos eram exatamente como os teus foram. Era tua e somente tua, porém tu não fora meu. Eu que nunca me importei com isso, só queria que teus olhos encontrassem os meus, que fizesse minha pele queimar com a surpresa de suas palavras. Era o som te sua voz que me fazia vibrar, perder o sono. E tua doença, a maldade, era o me fazia amar-te. Como te amava, como te amo. Continuo respirando baixo sobre tua pele, sentindo-a enquanto esfria, enquanto apodrece. Vejo os teus olhos, aqueles antes me tiravam a razão, se fecharem. Da sua boca um último suspiro, e dos seus braços o último carinho. À mim resta apenas a solidão, fim de quem ama.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Interrogação

Por favor, pode me informar o por que de tantas perguntas, sendo que viver a vida sem duvidar ou ter medo é bem melhor? Quer dizer, deve ser melhor... Nunca me senti viva pra dizer que vivi. Eu e os meus passos contados, sempre iguais, sempre na mesma direcção. Ora, então por que meu coração bate, por que nas minhas veias tem sangue? Isso também não é se sentir vivo? Se for analisar depois de morto não se sente nada, então como podemos nos sentir mortos?
Então como posso estar me sentindo morta quando ainda estou viva? Parece-me fácil achar motivos para viver, para sorrir, para estar alegre por teu coração bater sem problemas, por ser saudável... Mas por que não me sinto assim?
Estou realmente cansada de esperar que a vida me dê algo para que tais sentimentos brotem em mim, porém não corro atrás e só fico aqui reclamando. Estou acomodada, não nego, mas qual é razão de correr atrás disse, sendo que no final só vou sofrer mais? Por que minha dor, esta que que me acompanha a anos, não me satisfaz?
Sou puro drama, choro e desilusão, porém na realidade, eu não sinto tanto. Mas é isso que os poetas fazem, não é? Sentem e comovem aqueles que não querem sentir. E eu faço da poesia meu coração, o sangue de minhas veias. Esta é a minha única certeza... Entre milhões de perguntas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Abolição

Hoje acordei, joguei meu torpor fora e abri os olhos para o mundo. Neste mesmo que estou lhe expulsando, abolindo. Não só a você, caso esteja se sentindo especial (pois este não ira mais ser).
Estávamos presos pela eternidade, e esta hei de terminar, assim com ela minhas lágrimas cessarão e poderei não sorrir em paz. Minha boca não se afeiçoa com sorrisos, sacrifício que fazia por você, colocava estes dentes à mostra. Não quero me que agradeça, pois mesmo em pedaços não é do seu remendo que preciso. E se o que te preocupas é o meu amor que lhe ofereci tão ternamente, não percas a cabeça (por mais que eu deseje tal acontecimento), será eterno além de mim e de você, já que este é puro e nos dois nunca seremos.
Mande beijos do futuro, quem sabe me chame para alguma lembrança ou alguma reunião de pensamentos, porém, no caso da minha falta, lembre-se que segui o seu exemplo, ou seja, segui em frente e te deixei no passado.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Saudades

Estou perdida, e gostaria de ter a quem dizer isto. Essa saudade não é do seu cheiro ou do seu toque, pois estes eu nunca conheci, é na realidade das suas palavras e da sua paciência comigo. Eu ainda te tenho guardado em meu pensamento, e este amor que sinto é para sempre, por ser amor há de durar o sempre. Não preciso e nem quero amar-te como homem e sendo assim, você não precisa amar-me como mulher. Amo-te como minha outra metade, amo-te como amigo (pois este sempre fora e sempre será a mim).
Era como se ouvisse o meu silêncio. Eu não precisava explicar-te meus erros, você os entenderia sem o menor som. Não havia necessidade de outros, porém nunca era somente você em minha mente. Existia espaço para nossas vidas, para nossas outras metades, as quais eu amaria como homem e você amaria como mulher. Não era nada incomum, e nem nada de especial, porém me era e ainda é necessário. Eu não quero e nem devo deixar de acreditar em ti, de acreditar no que é nosso, já que este me mantém acordada e ainda com alguma sanidade.
Quando o medo estava em meu corpo, você me protegia com suas palavras. "Imagine que este sou eu, e nunca estarás sozinha".Então por que agora me sinto tão só? Necessitada daqueles que nunca realmente quis?
Sinto saudades de você, das suas palavras, do passado que guardo em meu peito oco.
Cansei de culpar-te pelos meus erros, aqueles quais você sempre entendeu. Digo sempre que é tua culpa, quando na verdade é minha e somente minha.Perdoai-me por ser mesquinha e guarde consigo sempre este pedido de desculpas, não vou ser eterna, assim como minhas palavras também não serão, amanhã posso não estar a te esperando mais.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ausência

Estou ausente, volte mais tarde!
Observei que nunca notaram minha ausência mental em suas conversas bobas, nunca notaram minha falta de presença em seus abraços. Eu não estava aí, ou aqui, estava lá.
Mantive-me longe de tudo disso somente e para não sofrer, porém eu me automutilei, me machuco por você, corto meu coração só de lembrar do passado. E não, não me dói tanto assim, porém esta ausência de dor é o que me machuca, me desespera. Sempre existe algo em sua vida que é aonde você deposita suas lágrimas e desesperos, porém, não existem lágrimas, pois elas não expressão nada perto disso. Sendo assim, eu não tenho voz pra gritar, não tenho lágrimas para derramar, tenho somente aquela mesma sensação de estar sufocada pelo nada.
Eu estava ausente, e você me trouxe a vida. Leve-a consigo, poís esta é tua e somente tua. Mas tome cuidado, por mais que seja tua, a dor vinde a mim. Enquanto carrega-me em teu bolso e não em teu pensamento, levo-te no meu resto de coração. Coração que tiram-me aos poucos, caso te interesse saber.
Por isso, estou ausente de alma, vida e coração. Mas caso isto lhe pareça falso, peço-te que me mostre como sentir o mesmo.

sábado, 11 de abril de 2009

Inércia

Minha vida parou há algum tempo.
Fora tarde uma fria, lembro-me bem. Aparecera do nada, assim como ias sumir no futuro. Eis que só pensava em ti, em proteger-te, porém, nunca em amar-te. Era como se o mundo fosse uma tv em preto e branco, e ao acaso, algumas coisas - até então elas não eram importantes -ganhariam cores. Oh, e que cores! Elas me alimentavam, me davam razões e por alguns momentos amei aquela incerteza de uma forma terna, abracei-a e não permitia que fugisse. Porém fui fraca, esta escapara do meu mundo, deixando-me vazia. A solidão tornou-me louca, não permitia novas visitas e incertezas eram proibidas de todas as formas. Por mais que as lágrimas inconscientes caíssem, eu fazia um sorriso brotar em minha fase todas as manhãs, tardes e noites. Claro que um dia este sorriso ficou doente e logo abri mão deste também. Pouco me importava as outras pessoas, e com seus sentimentos, eu havia perdido os meus poucos!
Meus olhos estavam pesados e meus dias eram tão iguais que nem pareciam ser outros.
Então, outra tarde, mesmo alguém, mesmas frases, mesma incerteza, agarrei-a novamente, continuou a ser inútil. E assim passaram-se anos, continuava a agarrar e a perder. Amanheceu um dia, em que nada importava, eu o esquecera, ou assim pensara, sorria fingindo não ser saber a razão. Mas meu belo dia fora destroçado com as mesmas promessas sujas que me foram dadas anos ou meses antes. Eu não contava mais o tempo, não sabia as mais horas, caíra em um abismo escuro, e por lá fiquei. Talvez ainda esteja lá, mas alguma luz bate, algumas vezes ele volta com suas promessas e como sempre desaparece. Então, eu fico com minha amada incerteza e com essa adorável solidão, esperando seu retorno em mais uma noite.

sábado, 21 de março de 2009

Lágrimas Negras

É outono. Nublado, escuro, molhado.
Perco tardes, noites, manhãs pensando em você.
Sinto-me quebrada,
destroçada e perdida.

Lágrimas negras molham meu rosto.
Seus olhos me cortam como lâminas.
Toda minha tormenta sem razão,
toda essa dor falsa que me corroe.

A música começa a tocar,
e eu a me perder.
Onde estás tu?

A melodia enche meus ouvidos,
escondo-me de minha dor,
assim perdendo-me dos sentidos, da razão.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Save my soul tonight, please save my soul

Tantas pessoas, porém ninguém. Tantos abraços, porém a carência. Tão amado, mas tamanha solidão. Confuso, admito. Mas por favor, me escute agora. Eu choro, sem lágrimas. Soluço, porém não existe som. Existe somente o preto, o silêncio, o seco.
A imensidão do meu vazio, aquele que me torna sua prisioneira eterna. Não existem palavras, não existe razão, somente o vazio.Então eu o abraço, eu o amo, eu o desejo. Ou simplesmente, somente o aceito, sem valor, sem paixão, somente aceitar. Eu e o vazio sendo um só? Imaginava impossível, mas agora se torna real, necessário, ridículo.
Para minha surpresa uma luz aparece, para uma nova vida, repleta de felicidade, oh duvido muito. Quem és tu que brilhas tanto? Quero sentir teu rosto em minhas mãos pequenas, então, por favor, o luz serena, fique comigo. Não quero estar sozinha, tu trouxeste o medo a meu peito. Meu peito antes vazio, agora está a transportar. Caindo meu sangue negro aos seus pés. Tu estás a adorar.Oh corra! Por favor, me deixe ir, eu lhe estou a implorar! Meu conto de fadas, sem fadas, sem duendes, sem bruxas, apenas o escuro, não, agora existem meus sonhos. Sonhos, somente sonhos, admiráveis, e que me causam inveja daqueles que nem ao menos vivem, já que são sonhos. Apenas sonhos.Um coração a bater, rápido, frágil. Um rosto a corar, vergonha, calor. Um abraço dado, um beijo roubado, um aperto de mão, o som das palavras. O vazio então não eras o vilão. Era apenas uma proteção contra a sujeira do mundo, contra a sujeira do teu coração. Durma meu filho... Sozinho no escuro.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ow for the last time...

Temo não ter notado o começo, mas sei bem que não estamos no fim. Meu outro eu, perdido, aturdido e agora completo com algo que nunca tive. Estas sorrindo, então não estou chorando. És tudo o que sois, assim como sois tua dor, tuas lágrimas, teus sorrisos, porém sois nunca teu vazio. Não és vazia, és tão cheia de si, cheia de nos, cheia dele, cheia amor. Eis aqui meu outro eu, aquele querido pedaço que sempre se encontrou perdido, és tu, estarei em dívida até o fim dos meus dias. Aqui estou a agradecer, por tudo o que tu, minha querida, já estas a fazer por alguém como... Eu.
És obscuro como o destino me uniu a ela, aquela menina simpática ou assim parece ser. Foi estranho como tudo aconteceu com ela, foi estranho assistir uma coisa tão pequena se tornar tão necessária. Posso imaginá-la sorrir, um sorriso que parece após risadas longas, guturais. Eu lhe daria um abraço, rápido, quente e com um grande significado. Sentaria-me no sofá, não exatamente ao seu lado, mas próxima, e a observaria enquanto fala, querendo conhecê-la melhor.
Meu passado me prende a você, de uma forma chata e monótona. Tentando manter o pouco que nos resta, tentando sorrir com as piadas, tentando amar o passado inacabado. Serás possível nos tornamos ainda mais vazias? Por favor, me diga que não. Perdê-la vai ser difícil, doloroso... Cruel, se me permite dizer. Quero tanto vê-la ao meu lado, sonhando com o nada. Gosto do seu jeito calmo, com passos contados e algumas atitudes atrevidas. És tão madura, mas não é por completa uma idosa cheia de palavras repletas de dor, és tão adorável e depende do amor. Minha garota, pequena minha, eu te amo tanto, e pra sempre, tu sabes, tu és eterna. És minha dor, meu sentimento, minhas lágrimas vazias, meus sorrisos falsos. És minha maldade, és meu tudo, minha grande maioria se assim preferes, minha querida. Sorria pra mim, só mais essa vez, quero lembrar-me de você assim, entre o meio termo do triste e do feliz, então, por favor... Sorria.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

come back, come back... today.

"O sol está fraco por que não sai um pouco?" - Eu me perguntava mentalmente todos os dias. E simplesmente respondia: "Estou cansada, ah." Claro que nunca estive realmente cansada, aquilo na verdade era o meu medo disfarçado. Medo, mas medo do que? Você se pergunta, e eu lhe respondo: Medo primeiramente de terminar sozinha, e logo após vem o medo de morrer antes de amar. Desde que quando amar se tornou algo tão importante pra mim? Céus, não faço a mínima idéia. Mas tenha certeza de que o primeiro medo nunca me deixou totalmente, e que cada vez que noto que ele continua aqui é como se estivesse dopada e aquilo nem fizesse sentido. Nada nunca fez muito sentido, eis a realidade.
Não ter o que fazer parece tão divertido, mas viver do vazio chega a ser motivo de riso. Estar sozinho é pior ou melhor? Uma grande pergunta, tenho que admitir. O problema é que não sei a resposta, já que sou total dependente da solidão, ser livre é tudo o que sempre quis. Mas imaginar-se morrendo sozinho parece tão... doentio.
Finalmente chegamos a parte do "para sempre", até onde vai durar o seu para sempre? Até onde chega a adorada eternidade?
Estou cansada de perguntas sem respostas, de respostas que combinam com as perguntas. Eu só consigo a cada dia dizer que estou "cansada" de algo mais. Talvez esteja morrendo mais rápido que o normal, e se for isso, sinceramente gostaria de agradecer. Morrer parece ser... pitoresco.
Eu estou aqui a sonhar com o próximo outono, tentando esquecer o meu passado vazio e sem um único monstro, ele ser parece tão razoável, mas porque isso é tão irritante? Acho que quero aventuras, quero sorrir, mas é claro, com motivos. Quero motivos, motivos para viver, motivos para morrer, motivos para amar, motivos somente motivos.... Eu vivo de motivos, eu vivo da razão. Não gosto do vazio, não gosto do que não tem explicação. Sinto paixão pelo silêncio, pela escuridão e quem sabe até pela morte, mas isso não tem a menor importância, eu sei.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

my everything

Eu nunca achei que seria assim, sempre me imaginei tão diferente do que sou. Será que abri meu olhos? Será que foi melhor assim?
Tenho tanto medo do futuro, porém mais ainda do passado.
É errado acreditar que um dia precisei, que hoje continuo precisando de algo que somente acho que tive, mas na verdade nunca toquei com as minhas mãos? É errado pensar que já tive algo no passado e perdi?
Tentar é sempre tão complicado pra mim, mesmo assim continuo nisso. E por mais que esteja dizendo que sou o que nunca quis ser, sou tudo o que sempre fui. Então, sendo assim, estou sendo algo que desprezo? ou somente me desprezo?
Se pudesse voltar no tempo algo seria diferente? Dúvido. Dúvido que todas aquelas pessoas que diziam me amar continuariam me amando até hoje; Dúvido que todas aquelas antigas perguntas iriam fazer um pouco mais de sentido hoje. Dúvido até mesmo que agora estaria sorrindo ao invés de estar séria.
No final das contas, acho que não quero mudar, ser melhor, mais adorável, ou até mesmo mais simpática. Isso significa que vou continuar sentindo meu olhos o seguirem como um imã, quando a minha boca se fecha com medo? Nem ao menos o conheço e se continuar assim nunca vou conhecer!
Eu não preciso ou preciso disso? Não fazer idéia é tão ruim assim? Por que nem ligo mais para o meu queria espelho?
Acho que devo procurar mais, parar de sonhar e abrir meus olhos.
Mesmo que tenha colocado meus pés no chão desde muito cedo, agora eu posso colocar meus pés sobre uma fina camada de gelo. O gelo aguentaria meu peso ou cairia na água fria?
O que será que o amanhã vai me causar?

sábado, 31 de janeiro de 2009

Please

E se tudo desse certo hoje? Como iria reagir?
As palavras perfeitas na ponta da minha caneta, quero coloca-las no papel, mas o que não me permite fazer isso?
Minha consciência grita, mas finjo não ouvir. Estou cansada, tão casada de fingir.
Toda vez que tento sorrir, minha boca se fecha com raiva.
Da onde vem todo esse sentimento? Todo esse drama e exagero?
Quero correr... Mas para onde?
Quero sentir minha respiração rápida, quero esquecer de tudo.
O que faz meu passado ser tão doloroso? Ele não foi tão difícil ou tão grotesco assim.
Todo esse drama descrito em palavras, tudo isso me lembra drama contido nas velhas e dolorosas peças de Shakespeare.
Do que valhe pedir perdão, sendo que você não se importa mais?
Por favor, pare de gritar nos meus ouvidos, pare de invadir meus sonhos. Eu preciso te esquecer, preciso fingir que te matei mais uma vez.
Morte, morte, cantam os monstror da minha cabeça... Isso é a coisa certa a se fazer?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sometimes

Eu cansei de ser um livro meio aberto, meio compreentido.
Será que tudo pode realmente mudar em somente um dia?
Queria ser mais forte, mais rápida, eu queria ser exatamente o que não sou. Se fosse tudo o que queria ser, qual seria meu problema então? Vai sempre existir algo com o que se preocupar, ou simplesmente reclamar.
Se todos os seus problemas devem ser aceitos ou resolvidos, como eles nunca acabam? O que seria exatamente um problema? O que na verdade é viver?
Tantas e tantas perguntas vagam dentro de mim, e isso é tão normal que nem ligo mais. Eu estou perdendo meu tempo com tudo o que deveria fazer daqui a anos... Mas por que não mudo? Por que não vou atrás de viver?
Sempre sonhei demais, sonhei amar alguém, um amor pelo qual se morre. Mas nunca amei algo dessa forma, nunca quis realmente morrer por alguém. Agir de forma protedora não é o suficiente, se sentir ligado também não. Isso mudaria se eu pudesse olhar nos seus olhos agora? Depois disso eu daria minha vida por você?
Você pode fazer meu coração disparar e minha respiração acelerar, mas nunca senti nada muito além disso. Como se seria caso perdesse essa fraqueza? E perdesse como eu iria reagir as suas palavras? Eu não seria mais tão frágil?
O silêncio enche meus ouvidos, machuca minha cabeça, corroe meu ser de forma dolorosa. Como vai ser o futuro sem o meu amado espelho? Sem o meu único porto? É simplesmente tão fácil assim esquecer? Eu espero que não...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

You said you read me like a book, but the pages are all torn and frayed

Parece que foi só pensar que tinha esquecido das coisas que me faziam mal, que elas voltam à tona.
Ah, ás vezes, na verdade quase sempre, penso que tudo isso ia mudar, que eu ia mudar, que poderia fazer parte de outro mundo.
Meu maior problema é acreditar sem acreditar, é como se tivesse algo errado em confiar totalmente em algo, mesmo que isso seja sua única certeza na vida.
Eu só queria poder tocar um sorriso, admirar um abraço, fazer tudo diferente.
Continuo preocupada, agora mais que o normal, com as mesmas coisas, parece que a minha cabeça vai explodir. São tantas coisas ao mesmo tempo, com a mesma falta de nexo. No final das contas o que tem nexo hoje em dia? Tudo o que um dia foi admirável, hoje se tornou vulgar. Adorável poderia ser o mundo se não fosse tão difuso.
Mas no entanto ainda existem coisas que não são vulgares, não a todos. Eu sempre vou dar mais valor do que devia as pessoas, mais valor do que pareço demonstrar.
Conversar de madrugada sobre as coisas mais vazias e patéticas possíveis, sorrir simplesmente ao ver o outro sorrir, abraçar quando ver nos olhos do outro que tal coisa é necessária.

"swear, i'll always be yours, and you always be mine"
Acho que meu pra sempre ainda não acabou por mais que eu queira, por mais que eu tente... O espelho sempre me persegue.