sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ponto de partida

O tempo que agora passa de forma inconstante, levando-me silenciar até mesmo minha dor constante.
O pouco tempo que se passou tornou as mudanças ainda mais perceptíveis, algumas dolorosas, outras almejadas. Sinto-me vazia por demasiado, e cheia por completo. É como flutuar com um lado do corpo e com outro, arrastar-se. É como se a saudade fosse para mim o ardil da dor, uma dor com motivo e não como essas outras que me tocam sem motivo, chocam-me sem razão.
Minha gargante seca, as mãos frias, o suor gelado em meu pescoço, em resumo: Desespero. Este que sempre me atinge nessas horas, horas vazias que estão presentes em todos os meus dias, a mente vazia que vaga por pensamentos dolorosos e desgastados. Passo o tempo a remoer a vida que nem mais parece minha, e quando olho a vida que agora é minha, desejo ser cega para nunca mais vê-la... É claro demais, e eu nunca gostei da luz.

Um comentário:

Isabelle.C disse...

Sempre passou aqui, esperando coisas novas...
Esse foi bom como todos