domingo, 19 de julho de 2009

Solidão

Há um tempo atrás eu acharia tudo isso maravilhoso, a glória invejada da falta de sentimento. Eu sinto dor, muita dor e gostaria de pará-la, jogá-la fora. Ser ainda mais vazia, em palavras diretas.
Como pude ser tão boba a ponto de pensar que fazia o correto, permitir que minha mente o desejasse, ele nunca esteve aqui. Não precisa ser amor para haver sofrimento, e não precisa haver sofrimento quando não existe sentimento. Então, permita-me não sentir, não sorrir, não amar.
Peço desculpas todas as noites a mim mesma, eu perdi. Ele se foi, e não sofri com a perda. Isso me deixa em desespero, é inegavelmente estranho deixá-lo ir sem pranto, sem dor. Mas de algo sei, sei que quando vier de retorno, o receberei com carinho, admiração, com amizade. Eu o amei, e sempre amarei, não importa quantos erros este cometa, quantas vezes me deixe, guardo o que me fez bem. Não precisa haver desejo, este amor que tenho é diferente. E pela primeira vez entendi que amar é perdoar, acima de tudo. Não precisa amar sempre da mesma forma, só é preciso amar. Dizem que uma vida sem amor não é nada, temo concordar. Amo alguns e sou indiferente à maioria. E não, não sou má, só sou realista, provavelmente mesquinha. Mas sofro por quem amo, pois o sofrimento destes me machucam ainda mais. Em minha mente amar é isso, e amarei, inconscientemente, todos os meus amigos, familiares e quem sabe algum dia, voltarei a ter um amor, daqueles que todos invejam a felicidade ou a forma de resolver as brigas, um amor que um dia se tornará amizade, companheirismo, e não será mais paixão, porém eternamente... Amor.