quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Agridoce

Mutilação, tortura, paixão e medo.
Nessas quatro palavras eu agora me encontro. Sinto falta dela, mais do que deixo demonstrar, eu a amo, ora e como. Nosso tempo escasso, nosso sentimento fragilizado, eu me sinto mutilada e vazia, o segundo é simplesmente por medo de te perder, doce menina. Enquanto meu corpo treme e temo não conseguir retornar a calmaria naturalmente, penso em como será caso eu a perca mais um pouco, cada segundo sem saber como ela está me machuca, é tortura. Pequena e amada, menina minha, perdoe-me, não quero perde-la, sem você nada faz sentido, por favor, não me deixes. Quero gritar até sangrar, quero correr até não conseguir respirar. Temo por ti e por seus dias, por suas lágrimas que podem cair e que não vou poder segurar, é a minha metade, é meu complemento.
Por outro lado eu temo magoá-lo, ele não merece se machucar e meus sentimentos nunca valeriam o sofrimento dele. Quando estou com ele quero correr, e quando estou sem ele quero juntar os pedaços que me faltam, é completar-se e perde-se ao mesmo tempo, é paixão, é medo. Sentir o cheiro que se mantem na minha roupa, fugir dos seus beijos quando está presente. Querer chorar enquanto demonstra um sentimento, querer gritar para que fique e para que vá. PARE! Eu estou ficando louca, inteiramente incompleta, incompletamente inteira. Quebrada e remontada, dor e cura.
Enquanto minha vida se desmonta, e eu fico tentando desesperadamente remonta-la, vocês, eles, nos, destruímos tudo novamente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ponto de partida

O tempo que agora passa de forma inconstante, levando-me silenciar até mesmo minha dor constante.
O pouco tempo que se passou tornou as mudanças ainda mais perceptíveis, algumas dolorosas, outras almejadas. Sinto-me vazia por demasiado, e cheia por completo. É como flutuar com um lado do corpo e com outro, arrastar-se. É como se a saudade fosse para mim o ardil da dor, uma dor com motivo e não como essas outras que me tocam sem motivo, chocam-me sem razão.
Minha gargante seca, as mãos frias, o suor gelado em meu pescoço, em resumo: Desespero. Este que sempre me atinge nessas horas, horas vazias que estão presentes em todos os meus dias, a mente vazia que vaga por pensamentos dolorosos e desgastados. Passo o tempo a remoer a vida que nem mais parece minha, e quando olho a vida que agora é minha, desejo ser cega para nunca mais vê-la... É claro demais, e eu nunca gostei da luz.

domingo, 2 de agosto de 2009

Relato

Um mês, planos feitos e no final... Desfeitos.
Tudo deveria ter sido diferente, tudo devia ter estado dentro do meu controle. Onde errei? Ainda não sei. Sei que superei, e depois deixei de ter superado a perda dele. Eu não havia chorado pela sua perda aparentemente definitiva, forcei-me a pensar que o estava perdendo de vez (pensei que assim o sofrimento chegaria), e sem uma gota fugida dos meus olhos, prossegui. Vendo desta forma parecia que devia continuar com a minha vida, e assim o fiz. Conheci um menino ranzinza, e grosso, agradavel do jeito que escolheria como pretendente, seguiu-se uma aproximação fraca de ambas as partes, com regras feitas e ditadas indiretamente, não havia carinho ou compaixão, era só interesse... Pelo menos dá minha parte foi assim. E quando aconteceu foi horrível, a tensão me fazendo transpirar e as palavras plenamente presas em minha garganta seca, eu não o queria mais e também não desejava que este ato fosse visto de fora entregasse que o usei. Nos dias que seguiram eu não deixava a tensão por sequer um minuto, tentava me distrair, sorrir, porém sentia traindo a mim mesma. Foi então que ele me veio em mente, com seu jeito adorável, diferente de todos estes que pareciam me perseguir... Eu não o temia, confiava nele, mesmo sabendo que não devia. As lágrimas, as primeiras sinceras, rolaram pelo meu rosto, sendo sugadas pelo meu travesseiro. É provável que finalmente tenha terminado... A esperança, porém o desejo ainda me enche, à vontade de correr para ele e simplesmente observá-lo é enorme. Não faria isso por mais ninguém, creio eu. E quanto mais leio romances baratos e clichês, ele retorna em pensamento. Era leve com ele, e nesta forma de relação, ponho isto como necessidade. Com os outros sempre foi pesado, cansativo, sem graça. Então, era somente ele pra mim? Por enquanto sim. Forço-me a pensar que o amei somente como amigo, pois ele me fora o melhor de todos, amarei este sempre desta forma... É eterno. Ele era meu plano, agora desfeito e molhado pelas lágrimas que escorrem, porém puro e ao mesmo tempo mórbido, da minha parte.