segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ela se sentou ao lado dele já sorrindo, o mesmo sem entender lhe sorriu de volta;
- Estou esperando que você ganhe pontos por superação. - Ele disse.
- Ainda não se cansou de sonhar por mim?
- Infelizmente sim, por nos dois.
- Já te pedi perdão antes, eu sei, mas...
- Nunca foi falta de pedido.
- De vontade, tá.
- Às vezes eu fico pensando porque se deu ao trabalho de entrar na minha vida e fuder tudo mais uma vez?
- Não era intenção, eu realmente gostei de você.
- Eu te amei, sente a diferença?
- Não é que eu não sentisse o mesmo..
- Então era por?
- Porque eu sentia mais por outro alguém.
- E esse alguém te quer?
- Nem sempre, mas eu precisava escolher. Existia uma vida antes de você e a sua vai continuar existindo sem mim.
- Você não vê o que faz comigo né?
- Finjo que não.
- Bem você mesmo.
- É bem nos dois.
- Nunca mais vai querer me ver?
- Não pretendo..
- Vai falar por que, ou preciso implorar?
- Porque você é o único que pode me fazer mudar de idéia.
- Ah..
- Ai lá vem você e suas meias respostas. Não sabe como me irrita.
- Acho que eu ganhei esse direito.
- Você tem o dom de fazer tudo na hora errada, dá pra prazer?
- Não te entendo.
- Nunca achei quem o fizesse.
- Também, quando permitiu?
- Por que você é assim? Antes essa pergunta era boa. Te gostar me desgasta, sempre foi assim.
- Então tchau.
- Foda-se.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ponha a mesa do jantar, as taças cheias, não, não quero comida amor, só quero o vinho. Mais tarde leva-me para a cama, desforre-a, dispa-me e perdoe sem pedido meu descaso pelo jantar. Acordarei no meio da noite, não te encontrarei na cama e chorarei pela vergonha que te fiz passar. Eu sempre bebo demais, nunca amo demais. Passo a noite em claro pensando em coisas que não te dizem respeito, mais em mim do que no arrependimento que logo irá por total desaparecer.
Um beijo breve, seguro tua mão, um sorriso. Três horas, desculpe, dormi. Você me pergunta algo, peço para repetir, sabe as vezes as idéias demoram a me honrar com sua presença. "Por quê você não me deixa te amar?", eu penso "Ah, pode amar só não espere retorno, amor", porém responde "Só me permitir amar-te também". Talvez já me ame, talvez eu te ame, dúvido. Hoje eu aceito uísque, você tira minha roupa e eu não vejo graça, mas quem sou pra te impedir. Ei, me traz mais uma dose, quem sabe quando acabar. Três selinhos no fim, nada.
Talvez eu seja cruel, ele afirma que sou. Não pede, não implora, só renega. Diz que acabou... Ei, por quê isso doí? Seguro choro, peço perdão, eu vou mudar prometo. Porra, volta aqui. Não, tudo bem, não me importo mais. Pode ir. Mas que merda. Deito, choro, é só a perda, esquece. Uma semana, um mês, muitos outros. Acho que sei mais sobre mãos, bocas e perfumes do que um dia ele pretende saber. Uma conversa, somos amigos, penso em beijá-lo e ele diz até logo, mas soa tanto como Adeus. "Caralho, você namora a cópia do seu antigo namorado, cuidado não começa a ler o mesmo livro, pode mudar a capa, mas o fim não é igual?" Não sei não, deve ser. E no final, quem liga?