segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Desde o cheiro, até o jeito de andar.


Quero o cheiro que me tira o sono, imploro pelo sabor que afoga, grito pelo toque, e almejo um suspiro na nuca,  um beijo meia-lua, meu braços envoltos no seu pescoço, minha perna na sua, meu rosto no seu. Lembraças que levo do som do andar, do estalo do lábios, do sussurro no ouvido, bem baixo, só pra mim. Eu te pego pra mim, te guardo no peito, te desvalorizo, te sujo enquanto me limpo. No teu balanço, eu danço, e por ventura, descanço. E no final, de sonho eu vivo, do toque destes, das peles brancas que me tiram a lúcidez, das bocas mácias e rosadas, a pele quente contra a minha frieza, derretendo meu gelo com palavras cálidas (e que resoam ao meu ouvido) que me fazem tremer. Então eu te deixo, com um aperto de mão, com um abraço de um braço só, com um beijo sem boca... Tua imagem tremida e minha imagem para ti, perdida.
Ass:
Eu, monocromática no seu mundinho colorido.

2 comentários:

nath. disse...

Puro êxtase!

Jimmy Kroeger disse...

haha.. Como as coias mudam !!

Ótimo texto !

Beijo, Mari !