sábado, 11 de abril de 2009

Inércia

Minha vida parou há algum tempo.
Fora tarde uma fria, lembro-me bem. Aparecera do nada, assim como ias sumir no futuro. Eis que só pensava em ti, em proteger-te, porém, nunca em amar-te. Era como se o mundo fosse uma tv em preto e branco, e ao acaso, algumas coisas - até então elas não eram importantes -ganhariam cores. Oh, e que cores! Elas me alimentavam, me davam razões e por alguns momentos amei aquela incerteza de uma forma terna, abracei-a e não permitia que fugisse. Porém fui fraca, esta escapara do meu mundo, deixando-me vazia. A solidão tornou-me louca, não permitia novas visitas e incertezas eram proibidas de todas as formas. Por mais que as lágrimas inconscientes caíssem, eu fazia um sorriso brotar em minha fase todas as manhãs, tardes e noites. Claro que um dia este sorriso ficou doente e logo abri mão deste também. Pouco me importava as outras pessoas, e com seus sentimentos, eu havia perdido os meus poucos!
Meus olhos estavam pesados e meus dias eram tão iguais que nem pareciam ser outros.
Então, outra tarde, mesmo alguém, mesmas frases, mesma incerteza, agarrei-a novamente, continuou a ser inútil. E assim passaram-se anos, continuava a agarrar e a perder. Amanheceu um dia, em que nada importava, eu o esquecera, ou assim pensara, sorria fingindo não ser saber a razão. Mas meu belo dia fora destroçado com as mesmas promessas sujas que me foram dadas anos ou meses antes. Eu não contava mais o tempo, não sabia as mais horas, caíra em um abismo escuro, e por lá fiquei. Talvez ainda esteja lá, mas alguma luz bate, algumas vezes ele volta com suas promessas e como sempre desaparece. Então, eu fico com minha amada incerteza e com essa adorável solidão, esperando seu retorno em mais uma noite.

Um comentário:

disse...

Olá, tudo bom ?
desculpa a invasão ! :D
hehehe
mas eu adorei seu blog, de verdade mesmo ! Sabe, me identifiquei com vários textos :]

estou te seguindo !
beijos ! :*