segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Três acordes, sua música parece com a minha. Soa rápida e mau interpretada. Sente isso?
Penetra tão ácidamente minhas veias, se mistura com meu sangue, faz parte mim. Tu? Não, amor, pára de fugir, eu já me cansei de entre dedos escapar. Quero tuas mãos. Mesmo que pra dizer adeus.


Não sei bem quando parei de chorar, ou quando deixei de acreditar nas minhas certezas. A gente erra sempre no mesmo ponto, por tu que é, apenas, uma miséra virgula em milhares de pontos. Pontos finais. Não adianta me olhar assim, não adianta me indagar com esses teus olhos que um dia amei, não adianta que seus lábios fiquem sem cor. Eu quero não saber. Não é abrir mão, lutei demais e em vão. As coisas mudam, desejos mudam. E eu vivo dizendo que não sou quem deixou, porque afinal, eu fui deixada. Sobra à mim as dúvidas ou qualquer tipo de incerteza que vêem acompanhada com a garganta seca. Não vou mais beber. Não vou fumar. Não é assim que se supera. Suas idéias nunca são fixas, eu não consigo te acompanhar. Mas cansei de perdir perdão e nunca ser perdoada. Quero é que pague pela dor que eu canso de te mostrar, meus olhos são tão ou mais negros que os seus. E minha boca não vai mais ter o gosto ruim que tinha, era o teu. Perdoa eu, por te querer morto.

Com todo o amor,
Eu.

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