segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Nas ruas, nas calçadas nada além de guarda-chuvas e poças. Apesar da música que ecoava, das vozes que firmavam presença, de todos os lados: Nada. O metrô lotado, uma paixão momentânea, apenas naquele momento em que ambos estão no mesmo lugar aspirando do mesmo ar. Imagina uma história, doa um nome, abre-se a porta, fim da paixão. Uma revista de palavras cruzadas e na realidade nenhum atenção a ser liberadada. Meus pensamentos viajantes pegam outro metrô, outra direção. E eu me perdi no meio do caminho do lugar que nunca soube onde ficava. Nunca soube aonde ir.
O mesmo livro, as mesmas perguntas. Outra pessoa. O quanto eu mudei, nunca saberei informar. Estou feliz em estar sozinha, no passo do meu compasso. O avesso do meu passado, e direito do meu presente. Como quem não quer nada se sentando naquela cadeira azul que sempre me chamava tanta atenção, abrindo a bolsa e procurando alguma distração. Às vezes eu me distraío com o nada, posto que já me distraí de você. Das doses que nunca foram tão cavalares quanto afirmei nas histórias. Dizem que saudade não é a perda, e sim a continua presença da lembrança. E toda vez que eu tento esquecer me lembro. Triste o fato de não lembrar de você, e sim dos meus erros. O tempo passa, não cura tudo, mas as coisas mudam. O mundo gira e no seu caso (no nosso caso) somos paralelos. Acabou, boa sorte.

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